segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Deserto humano

Vontade de voltar pra casa, sabe?!
Não o espaço físico, mas o seguro.
Quem é sentimental demais deveria sair com uma etiqueta de fábrica "Não faça movimentos bruscos".
A gente acaba sentindo demais. Esperando demais. Se frustrando demais.
Acho perigoso alguém não querer se aventurar no sentir, como é igualmente perigoso passear por lá.
Tudo bem que experiências sempre nos trazem algo bom, mas pra quem tem tudo à flor da pele. A intensidade pode causar máculas.
E o mais difícil é saber esse "lidar consigo mesma".
Quando o objeto a ser tratado é você, a coisa muda de figura.
Lembrar, tá ai a areia movediça.
No final a gente acaba tendo o maior defeito e qualidade alocadas na mesma coisa.
E o sentir que deixou de ser confortante, agora machuca?
Agora em que local arruma-lo?
Quando dizer tchau te parece tão certo, mas o coração continua insistindo em novas chances.
Sinceramente, só quero um mar na minha frente e vento no meu rosto.
As coisas sempre se colocam no lugar, não é?
Então, ficaria nesse meu pequeno deserto humano até que tudo resolva fazer sentido novamente.


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