terça-feira, 8 de julho de 2014

Encontro

Hoje deu aquela vontade de escrever pra aliviar a alma.
Aquela vontade de por pra fora tudo que anda me enchendo por dentro.
Fazer drama faz parte do meu show, afinal, que escritora não o faz?
Acabamos por transformar pequenas gotas em oceanos e bebendo mares inteiros de sentimentos afim de torná-los versos que em algum momento que lhes caibam poesias.
A arte de escrever. A arte de se fazer entender. A arte de colocar lágrimas, sorrisos e vontades num papel.
Tão generosamente descritos, que é possível senti-los como se os tivéssemos engarrafado e usado na tinta que toca a folha e leva das suaves mãos até a ponta da mais delicada pena as mais fortes palavras.
Queria eu poder dizer que escrever alivia.
É isso que todo escritor busca.
Mas não se engane. Ao escrever, sua dor continua contigo.
Ela só é compartilhada com outros olhos, com outros corações que decifram seus sentimentos transcritos.
Hoje, por exemplo, já escrevi três desses textos. Mas os apaguei no mesmo impulso que os escrevi por não achá-los adequados.
Você não escreve tudo o que sente literalmente. Você escreve o que quer que os outros saibam sobre você.
E aqui vai uma dica sobre quem sou eu.
Assim como esses texto, sigo buscando me fazer entender. Cheia de verdades constatadas no meio do caminho e dúvidas que me fazem continuar buscando.
Algumas certezas que eu não abro mão e outras que já não são tão minhas.
Sou um misto do meio onde vivo e das pessoas que passaram por aqui.
O correto seria dizer que sou um encontro de tudo que passou em 22 anos de vida, que filtrados no meu ser me fizeram o que sou
. E ninguém mais.

Nenhum comentário:

Postar um comentário